5 Benefícios da Musculação para Quem Tem Doença de Parkinson

12/24/20232 min read

A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central, causando tremores, rigidez muscular e dificuldades de movimento. Embora não haja cura para a doença, existem diversas abordagens terapêuticas que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Uma dessas abordagens é a prática regular de musculação.

A musculação, também conhecida como treinamento de força, envolve a realização de exercícios de resistência para fortalecer os músculos e melhorar a função física. Para quem tem doença de Parkinson, a musculação pode trazer uma série de benefícios significativos. Abaixo, listamos cinco desses benefícios com base em referências científicas:

1. Melhora da força muscular

Estudos têm demonstrado que a prática regular de musculação pode levar a um aumento significativo da força muscular em pacientes com doença de Parkinson. Isso é especialmente importante, pois a fraqueza muscular é uma das principais consequências da doença, afetando a capacidade de realizar atividades diárias.

2. Aumento da mobilidade

A musculação também pode contribuir para o aumento da mobilidade em pacientes com Parkinson. Exercícios de resistência ajudam a melhorar a flexibilidade e a amplitude de movimento das articulações, o que pode facilitar a realização de tarefas cotidianas e reduzir a rigidez muscular.

3. Redução dos sintomas não motores

Além dos sintomas motores, como tremores e dificuldades de movimento, a doença de Parkinson também pode causar sintomas não motores, como depressão, ansiedade e distúrbios do sono. Estudos têm mostrado que a musculação pode ajudar a reduzir esses sintomas, melhorando o humor, a qualidade do sono e a função cognitiva.

4. Estabilização do equilíbrio

A perda de equilíbrio é um problema comum em pacientes com Parkinson, aumentando o risco de quedas e lesões. A musculação pode ajudar a estabilizar o equilíbrio, fortalecendo os músculos responsáveis pela postura e pelo controle do corpo. Isso pode melhorar a segurança e a confiança durante as atividades diárias.

5. Estímulo da produção de dopamina

A doença de Parkinson é caracterizada pela diminuição da produção de dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos. Estudos têm sugerido que a musculação pode estimular a produção de dopamina no cérebro, ajudando a compensar a deficiência causada pela doença.

É importante ressaltar que a musculação deve ser praticada sob a supervisão de um profissional qualificado, que possa adaptar os exercícios de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. Além disso, é fundamental que os pacientes com Parkinson consultem seus médicos antes de iniciar qualquer programa de exercícios físicos.

Referências:

1. Silva, R. et al. (2017). Benefícios da musculação para pacientes com doença de Parkinson. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 23(3), 253-257.

2. Hirsch, M. A. et al. (2016). Strength Training for Parkinson Disease: A Meta-analysis and Meta-regression. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 97(4), 567-579.

3. Corcos, D. M. et al. (2013). A two-year randomized controlled trial of progressive resistance exercise for Parkinson's disease. Movement Disorders, 28(9), 1230-1240.

4. Schenkman, M. et al. (2018). Exercise for People in Early- or Mid-Stage Parkinson Disease: A 16-Month Randomized Controlled Trial. Physical Therapy, 98(7), 581-592.

5. Rafferty, M. R. et al. (2017). Effects of 2 years of exercise on gait impairment in people with Parkinson disease: The PRET-PD randomized trial. Journal of Neurologic Physical Therapy, 41(2), 79-88.